Foi um momento, sem dúvida, sem politicagem, histórico: o Governo Americano concedeu a Medalha de Ouro de seu Congresso para o líder tibetano Dalai Lama. É a mais alta condecoração civil concedida pelos EUA.

Na cerimônia o presidente americano George W. Bush disse: "Ele ganhou o respeito e afeto do povo americano" e falou que Dalai Lama é um "símbolo internacional da paz e tolerância, pastor dos fiéis e mantenedor da chama de seu povo". Além de pedir que Beijing receba o monge tibetano Bush acrescentou: "Os EUA não podem olhar para as dificuldades dos religiosamente oprimidos e fechar seus olhos ou virar para o outro lado".

Como já esperado o Governo Chinês já protestou, pediu que os EUA peguem de volta a tal medalha. Afirmou também que isso irá enfraquecer a relação dos dois países. Será? E, como de praxe, disse que os americanos estão interferindo com assuntos internos.

O que realmente fica no ar são dois aspectos: Bush é o primeiro presidente americano que aparece em público com o Dalai Lama e essa medalha foi entregue justamente na mesma semana do Congresso do Partido Comunista, que acontece somente a cada 5 anos. "Que o mel é doce é coisa de que me nego a afirmar, mas que me parece doce eu afirmo plenamente".

Voltando para o passado recente: Angela Merkel se encontrou há cerca de 1 mês com o monge tibetano e, no ano passado o Canadá deu-lhe cidadania honorária.