Mianmar (antiga Birmânia) é uma país com cerca de 43 mil habitantes e que está passando por grandes turbulências políticas. Governado através de uma Ditadura militar há mais de 40 anos, os protestos estão se intensificando no país.

A ícone da democracia local, Aung San Suu Kyi (que está em prisão domiciliar), apareceu em público no último sábado pela 1ª vez em quatro anos para cumprimentar os milhares de monges que protestavam na capital do país, Yangon. Agora, a comunidade internacional querem fazer uma "cruzada diplomática" pela democracia no país.

O Secretário de Relações Exteriores britânico, David Miliband, já adiantou que deve levantar o assunto na Assembléia Geral da ONU em Nova York. Seus parceiros de União Européia, organização que bloqueou pactos de livre comércio com Mianmar devido seu histórico de direitos humanos, devem fazer o mesmo. Em seu discurso o presidente americano George W Bush, também deve falar sobre o assunto.

Nessa mesma campanha a Secretária de Estado Americana, Condoleezza Rice, deve conversar com os membros da Asean para usarem sua influência para soltar Aung San Suu Kyi e começar uma real democracia no país. Vale relembrar que a Asean é composta por Brunei, Indonésia, Cambodia, Laos, Malásia, Filipinas, Singapura, Tailândia e Vietnã.

Um dos grandes desafios dessa "cruzada diplomática" é aumentar o diálogo com a China, que é seu maior parceiro. Se sabe que uma das políticas internacionais chinesas é de não interferir nos outros países, mas em um gesto raro de se ver Tang Jiaxuan, um dos grandes diplomatas de Beijing, disse em reunião com o Ministro dasRelações Exteriores de Mianmar, U Nyan Win:"A China sinceramente espera que Mianmar pode trazer a estabilidade doméstica de volta... e lutar por avanços na democracia de acordo com a situação do país".

Esse com certeza não é um assunto fácil e rápido de se resolver e a Comunidade Internacional terá de conversar bastante com a China, que aumenta sua influência regional a cada dia.