Conforme já havíamos conversado aqui no "Gigante Ásia" as próximas eleições no Nepal estavam agendadas para acontecer no próximo dia 22 de novembro. Usamos o passado corretamente nessa frase.

Depois do Governo pedir a suspensão da Assembléia Constituinte a Comissão de Eleição decidiu, nessa sexta-feira, cancelar toda a programação que envolvia as eleições. Apesar de tudo estar preparado para as eleições acontecerem normalmente a Comissão admitiu que somente sua vontade não seria o suficiente para e se viu forçada a cancelar devido a decisão do Governo.

O Secretário da Comissão de Eleição, Laxman Bhattarai, declarou: "Nós agradecemos todos os partidos, líderes, imprensa, o público em geral e a comunidade internacional pelo apoio durante toda a preparação para as eleições".

Porém, a decisão do Governo Nepalense não foi tomada de maneira arbitrária. O cancelamento foi decido depois de uma reunião entre os 7 partidos do país com o Primeiro-Ministro Girija Prasad Koirala. Lembrando do que dissemos na última oportunidade o Partido Comunista do Nepal-Maoísta (CPN-M), os chamados 'simpatizantes de Mao', saíram do Governo atual, onde tinham 4 ministérios, e declararam que só voltariam a conversar se o país fosse declarado uma república e que fosse adotado um sistema eleitoral proporcional. Desde então Governo e CPN-M nunca chegaram em nenhuma conclusão juntos.

É claro, muitos descordaram com tal atidude, como é o exemplo do Partido CPN-UML, que, através de seu líder disse que as eleições não deveriam ser atrasadas mais uma vez. Mais do que um problema com um partido da base aliada somente, especialistas dizem que tal atitude questiona a legitimidade e constitucionalidade do Governo já que as eleições são atrasadas pela 2ª vez e sem nenhuma data remarcada.