No dia 12 de Novembro de 1991, alguns manifestantes do Timor-Leste homenageavam um estudante que foi morto quando o país ainda não era independente. Então, o exército indonésio que ocupava o país, disparou e matou cerca de 200 pessoas e outras ainda foram 'caçadas' e mortas no dia seguinte. Um massacre que aconteceu no cemitério de Santa Cruz, em Díli.

No 16º aniversário desse acontecimento, o presidente do Parlamento do Timor Leste, Fernando "La Sama" de Araújo, diz que seu Governo sabe onde estão os corpos das vítimas "mas estamos à espera da abertura do governo da Indonésia e, especialmente, dos militares indonésios, para nos dizer onde estão os corpos, porque eles sabem".

Esse episódio permanece como um 'mistério' manchando as relações entre os países, a única comissão de inquérito criada nesse tempo foi a que as autoridades indonésias enviaram a Dili logo após o massacre e mais nada. Há, porém, a "Comissão da Verdade e Amizade" criada pelos países em 1999.

La Sama afirmou que esse episódio virou um problema político e que está travando o processo de justiça necessário. Ele também apelou que esse dia, que virou feriado nacional, seja "um dia de reflexão sobre o idealismo, o nacionalismo e o patriotismo daquela geração".