E realmente aconteceu. Quando Benazir Bhutto voltou ao Paquistão depois de 8 anos de auto-exílio sabia do sério risco de ser assassinada e decidiu arriscar. É uma daquelas situações que, por mais que todos saibam que tem probabilidades de acontecer, nunca realmente se acha que irá. Infelizmente, aconteceu.
Bhutto encerra o ciclo de sua família dedicada ao Paquistão. Seu pai, também ex-Primeiro-Ministro do país, foi, como ela, assassinada. Seus dois irmãos também. Benazir por sua vez foi em duas oportunidades Primeira-Ministra Paquistanesa, sendo a 1ª mulher a comandar um país islâmico aos 35 anos. Nessas duas oportunidades foi afastada por acusações de corrupção nunca confirmadas.
O Paquistão é um dos países mais instáveis da atualidade, desde sua 'criação' em 1947 houve golpes militares, governos civis e mais golpes militares. Dessa vez Bhutto voltava ao país, em princípio, para se aliar ao atual Presidente Pervez Musharraf, aliança esta incentivada pelos EUA e tantos outros países. Mas, no meio do caminho Musharraf decretou "estado de exceção" que durou cerca de 1 mês, prendeu diversos oposicionistas, advogados e a própria Bhutto.
Assim, Bhutto se desvinciliou de qualquer aliança com Musharraf e era apontada como a virtual vencedora das eleições de janeiro do ano que vem. Ela foi morta em um atentado na cidade de Rawalpindi, cidade próxima da capital Islamabad por um grupo terrorista ou indivíduo ainda não-identificado e em uma situação ainda não esclarecida. O fato é que morreu a caminho do hospital e já está virando martir da democracia no Paquistão. Uma maneira triste de entrar na história mas, talvez assim, a situação do país poderá mudar.
O também ex-primeiro-ministro Nawaz Sharif, da Liga Muçulmana do Paquistão-N (PML-N), partido rival do Partido Popular do Paquistão, de Bhutto, já acusou Pervez Musharraf de ter planejado a morte da ex-primeira-ministra e aproveitou para convocar uma greve geral em protesto e também disse que seu partido irá boicotar as eleições de janeiro e cobrou a renúncia do presidente. Manifestações já se espalham pelo país e o medo é que isso acarrete em uma guerra civil.
É difícil ninguém imaginar que Musharraf não tem culpa alguma nessa história, o que deve esquentar ainda mais os ânimos dos partidários de Bhutto. Se a repercusão internacional for tão 'intensa' como se está vendo, e se a resposta da ONU for seguir o modelo da crise em Mianmar, então o povo paquistanês estará realmente sozinho nisso, até porque Musharraf ainda tem o apoio dos EUA.
Como em uma premonição Benazir Bhutto disse em seu último discurso: "Coloco minha vida em risco para vir aqui porque sinto que este país está em perigo."
Bhutto encerra o ciclo de sua família dedicada ao Paquistão. Seu pai, também ex-Primeiro-Ministro do país, foi, como ela, assassinada. Seus dois irmãos também. Benazir por sua vez foi em duas oportunidades Primeira-Ministra Paquistanesa, sendo a 1ª mulher a comandar um país islâmico aos 35 anos. Nessas duas oportunidades foi afastada por acusações de corrupção nunca confirmadas.

Assim, Bhutto se desvinciliou de qualquer aliança com Musharraf e era apontada como a virtual vencedora das eleições de janeiro do ano que vem. Ela foi morta em um atentado na cidade de Rawalpindi, cidade próxima da capital Islamabad por um grupo terrorista ou indivíduo ainda não-identificado e em uma situação ainda não esclarecida. O fato é que morreu a caminho do hospital e já está virando martir da democracia no Paquistão. Uma maneira triste de entrar na história mas, talvez assim, a situação do país poderá mudar.
O também ex-primeiro-ministro Nawaz Sharif, da Liga Muçulmana do Paquistão-N (PML-N), partido rival do Partido Popular do Paquistão, de Bhutto, já acusou Pervez Musharraf de ter planejado a morte da ex-primeira-ministra e aproveitou para convocar uma greve geral em protesto e também disse que seu partido irá boicotar as eleições de janeiro e cobrou a renúncia do presidente. Manifestações já se espalham pelo país e o medo é que isso acarrete em uma guerra civil.
É difícil ninguém imaginar que Musharraf não tem culpa alguma nessa história, o que deve esquentar ainda mais os ânimos dos partidários de Bhutto. Se a repercusão internacional for tão 'intensa' como se está vendo, e se a resposta da ONU for seguir o modelo da crise em Mianmar, então o povo paquistanês estará realmente sozinho nisso, até porque Musharraf ainda tem o apoio dos EUA.
Como em uma premonição Benazir Bhutto disse em seu último discurso: "Coloco minha vida em risco para vir aqui porque sinto que este país está em perigo."
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