É engraçado o jogo internacional, principalmente quando se trata de armas. Possuir, fabricar e manter um exército bem equipado é sinônimo de poder nesse mundo. O país que mais investe em seu exército, e isso inclui, por exemplo, desenvolvimento de novas armas, é disparado, o EUA.

De uma maneira realista é totalmente legítimo um país investir nessa área. Ao que me recordo, o único, até então país, que desistiu das armas oficialmente foi o Tibete, razão esta que facilitou a tomada pelo exército de Mao Zé Dong em 1950.

Mas, quando algum país começa a investir em seu exército, mesmo que seja 10% do que seu país investe, os EUA ficam preocupados. E agora, os americanos estão de olho na China. Hoje o chefe das forças armadas americanas na Ásia e no Pacífico, almirante Timothy Keating, declarou que é a capacidade do exército e arsenal chineses excede o nível que foi estabelecido pelo próprio governo como necessário para defesa própria.

Keating ainda disse que seu país conta com “relatórios de inteligência que reforçam minha opinião de que a China está desenvolvendo e colocando em seu território armas que poderiam se caracterizar por ter, entre outros propósitos, a habilidade para restringir o movimento em certas áreas no mar, ar ou sob o mar".

E, na realidade, os EUA têm sim motivos para ficar preocupado. Em caso, por exemplo, de um ataque chinês a Taiwan, os americanos terão de defender a ilha da Formosa e sabem que não vão combater qualquer exército. Ainda há um bloqueio da UE desde o Massacre da Praça da Paz em 1989, em relação à venda de armas para a China. Mas isso não impede que o investimento no setor aumente cada vez mais, e de maneira assustadora.

Os chineses, como se espera, dizem que só querem proteger o que lhes pertence. Nada mais justo. Mas, isso pode ser visto de diversas maneiras, não? Que o bom senso prevaleça.