Essa é uma daquelas notícias que te pega de surpresa devido simplesmente por ser inusitado. Ao menos eu nunca havia ouvido falar de algo assim. Vamos lá.
Novembro passado. OS bancos de investimento Crédit Suisse, Goldman Sachs, Izhman, Merrill Lynch e UBS patrocinam juntos uma noite de cinema em Hong Kong. O filme a ser exibido é "The Bubble" (http://www.imdb.com/title/tt0476643/). Uma simples ação de marketing ia você, caro leitor, achar, não é mesmo? É uma ação de marketing, mas temos de ler entre essas linhas invisíveis da internet. Esse filme fala sobre o relacionamento gay entre um palestino e um soldado israelense.
Pois é, a idéia desses bancos é de atrair funcionários gays para suas corporações. Não é também que há uma "preferência" pelos homossexuais lá dentro, nem que na porta de entrada dessas empresas há uma placa com os dizeres: "Se você não é gay, dê meia volta".
Isso é puramente um resultado do mercado. Sim, o "monsto sisti", como diria Raul Seixas. Na briga para recrutar os melhores funcionários esses bancos querem simplesmente se certificarem que gays talentosos não sentirão-se intimidados a pleitear o emprego por preconceito. Ou, por intolerância. Vamos lembrar que se em alguns países asiáticos como a Tailândia, Filipinas e Hong Kong a comunidade é bem aceita na China, por exemplo, isso era doença até o começo desse século.
Contra o sistema
Sim, em alguns países asiáticos como a Índia, é ilegal ser homossexual. Então esses bancos estão sim, sem querer romantizar, enfrentando o sistema e até a cultura asiática. Mas isso não é o problema.
De acordo com meu amigo Stephen Golden, que é vice-presidente do Goldman Sachs e ajuda a coordenar o programa global de liderança e diversidade do banco: "A Índia é um daqueles lugares onde as leis relacionadas à homossexualidade não mudaram, mas a sociedade mudou. Temos funcionários declaradamente gays que foram transferidos para a India e nunca tiveram problemas. Eles entendem o ambiente cultural e já tiveram experiencias muito boas".
Vejam bem, já há departamentos específicos nesses bancos para cuidar da "diversidade". Claro, isso em nível mundial. E segundo Cheryl de Souza, outra grande amiga (beijos!) diretora de diversidade e inclusão do banco Lehman para a Ásia: "Andando por alguns escritórios de Hong Kong, dá para perceber que hoje há pessoas que se sentem confortáveis em ter uma fotografia do parceiro (do mesmo sexo) sobre a mesa, e isso é um progresso enorme".
Então amigos, isso vem como uma boa iniciativa dos bancos e a conclusão é que tudo deve vir na iniciativa privada, da sociedade civil. A política não consegue acompanhar a mudança da sociedade. E, parabéns aos bancos!
Novembro passado. OS bancos de investimento Crédit Suisse, Goldman Sachs, Izhman, Merrill Lynch e UBS patrocinam juntos uma noite de cinema em Hong Kong. O filme a ser exibido é "The Bubble" (http://www.imdb.com/title/tt0476643/). Uma simples ação de marketing ia você, caro leitor, achar, não é mesmo? É uma ação de marketing, mas temos de ler entre essas linhas invisíveis da internet. Esse filme fala sobre o relacionamento gay entre um palestino e um soldado israelense.
Pois é, a idéia desses bancos é de atrair funcionários gays para suas corporações. Não é também que há uma "preferência" pelos homossexuais lá dentro, nem que na porta de entrada dessas empresas há uma placa com os dizeres: "Se você não é gay, dê meia volta".
Isso é puramente um resultado do mercado. Sim, o "monsto sisti", como diria Raul Seixas. Na briga para recrutar os melhores funcionários esses bancos querem simplesmente se certificarem que gays talentosos não sentirão-se intimidados a pleitear o emprego por preconceito. Ou, por intolerância. Vamos lembrar que se em alguns países asiáticos como a Tailândia, Filipinas e Hong Kong a comunidade é bem aceita na China, por exemplo, isso era doença até o começo desse século.
Contra o sistema
Sim, em alguns países asiáticos como a Índia, é ilegal ser homossexual. Então esses bancos estão sim, sem querer romantizar, enfrentando o sistema e até a cultura asiática. Mas isso não é o problema.
De acordo com meu amigo Stephen Golden, que é vice-presidente do Goldman Sachs e ajuda a coordenar o programa global de liderança e diversidade do banco: "A Índia é um daqueles lugares onde as leis relacionadas à homossexualidade não mudaram, mas a sociedade mudou. Temos funcionários declaradamente gays que foram transferidos para a India e nunca tiveram problemas. Eles entendem o ambiente cultural e já tiveram experiencias muito boas".
Vejam bem, já há departamentos específicos nesses bancos para cuidar da "diversidade". Claro, isso em nível mundial. E segundo Cheryl de Souza, outra grande amiga (beijos!) diretora de diversidade e inclusão do banco Lehman para a Ásia: "Andando por alguns escritórios de Hong Kong, dá para perceber que hoje há pessoas que se sentem confortáveis em ter uma fotografia do parceiro (do mesmo sexo) sobre a mesa, e isso é um progresso enorme".
Então amigos, isso vem como uma boa iniciativa dos bancos e a conclusão é que tudo deve vir na iniciativa privada, da sociedade civil. A política não consegue acompanhar a mudança da sociedade. E, parabéns aos bancos!
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