O Rei Gyanendra, do Nepal, subiu ao poder em 2001 depois que seu irmão, o Rei Birendra e mais outros oitos membros da família real foram mortos pela então indicado ao trono, Dipendra. Depois disso Gyanendra apertou o controle sobre o país e até dissolveu o parlamento em 2002.

Mas a situação política do país é bastante complicada e em abril de 2006, o Rei cedeu às pressões populares organizadas especialmente pelo Partido Maoísta, e foi declarada uma democracia multipartidária.

Então, o golpe no Rei veio. Em janeiro de 2007 uma Constituição interina tirou todos seus poderes políticos. E em dezembro passado uma reunião entre os 7 grandes partidos do país e do Governo Interino decidiu que a Monarquia será extinta depois da eleição de uma Assembléia Constituinte que acontecerá dia 10 de abril.

Falando para o blogue “Gigante Ásia” (representado na ocasião por Yoshio Hanada, jornalista que também trabalho no jornal japonês “The Yomiuri Shimbun”) o Rei Gyanendra disse sobre o fim de sua dinastia que durou 240 anos: “(A decisão) não reflete a opinião da maioria das pessoas. Isso não é democracia. Eles (o povo) tem o direito de decidir o destino da monarquia”.

E sim, segundo uma pesquisa feita recentemente no país 49% dos entrevistados se mostraram a favor da continuação do sistema monárquico de alguma forma. Talvez como na Inglaterra.

Gyanendra ainda declarou: “Alguns líderes tentaram ir contra os valores tradicionais, culturais e sociais” em aparente crítica ao Partido Maoísta que está à frente do movimento para derrubar a monarquia no Nepal.

Ainda não está nada decidido, para o Rei Gyanendra ainda há uma luz no final do túnel. Mas que Gyanendra não se preocupe tanto afinal, se perde o poder, ao menos “quem é Rei, nunca perde a majestade”.