A Coréia do Sul tem um grande número de cristões. Uma amiga coreana, mesmo morando em outro país, visitava em horários pré-estabelecidos o website de sua igreja na Coréia que fazia a transmissão on-line. Confesso que me espantei, pois não sabia que havia tantos por lá. Segundo dados oficiais: cristianismo 26,5% (protestantes 19,8%, católicos 6,7%), budismo 23,3%, confucionismo 0,4%, wonbulgyo 0,2%, chundo kyo 0,1%, sem filiação 48,9%, outras 0,6% (1995).

Bom, isso é somente para começar sobre o assunto desse post. Pela primeira vez na história a Conferência Episcopal da Coréia publicou um estudo intitulado: "Relatório Anual 2007 sobre a Liberdade Religiosa na Coréia do Norte".

Esse relatório foi elaborado pela Comissão para a Reconciliação do Povo Coreano com auxílio do Centro de coleta de dados para os Direitos humanos na Coréia do Norte e mostra, obviamente, aspectos da religiosidade no país.

Além de recordar que entre 1945-60 o regime de Kim Il-sung fez uma grande campanha para erradicar qualquer culto religioso e que, até hoje, é proibido qualquer culto o relatório fez uma pesquisa com 755 norte-coreanos que se refugiaram na Coréia do Sul.

Os dados são interessantes simplesmente por se confirmar o que já era desconfiança e/ ou presumido. Dos entrevistados 85,7% afirmaram que não existe liberdade religiosa no país e 98,7% afirmaram que nunca tiveram permissão para permanecer em uma igreja ou em um templo.

Não acredito que religião seja um assunto a ser tratado nesses primeiros passos de aproximação dos dois países da península coreana, mas o relatório propõe uma promoção da liberdade religiosa, promoção de intercâmbios e a instituição de uma federação inter-religiosa.