Começou nessa segunda-feira a 64ª conferência da Escap (Comissão Econômica e Social das Nações Unidas para a Ásia e o Pacífico, na sigla em inglês) que reúne 62 países que irão discutir a crise energética mundial.

Vamos ver alguns números interessantes. Segundo a ONU, entre 1991 e 2005 o consumo de energia nos países da Ásia e Pacífico aumentou em 70%. Com um aumento anual de 2,75% até 2030 a região representará então a metade do total mundial. Algo impressionante.

Então, o que é necessário é achar a chamada "eficiência energética". Segundo a ONU a região conta com recursos naturais para produzir 40% da energia hidrelétrica e 35% da solar e geotérmica. Atualmente as energias renováveis só representarem 9% do consumo total dos países da região.

E para os asiáticos a situação fica cada vez mais preocupante, não somente pela grande poluição que está sendo gerada e seus efeitos óbvios. Segundo a secretária da Escap, Noeleen Heyzer, em 2030 cerca de 80% da energia consumida na Ásia e no Pacífico virá de combustíveis fósseis, como petróleo e carvão. Ou seja, os países ficarão extremamente vulneráveis à qualquer volatilidade do mercado internacional e isso custará muito, muito dinheiro para eles.

O primeiro-ministro tailandês, Samak Sundaravej, inaugurou a conferência dizendo que um dos assuntos mais importantes dessa reunião será rever os efeitos causados pela alta dos combustíveis nos países em desenvolvimento da região. E estudar mais profundamente os países onde a demanda de energia mais aumenta: Índia e China.

Sundaravej falou também da alta de preços dos alimentos, da desaceleração da economia mundial e sobre como esses fatores condicionarão o futuro dos países.

Espera-se que alguma proposta concreta saia dessa reunião.