A China já começa a deixar de ser o país de salários baixos, mão-de-obra barata e afins. Uma das bolas da vez é o Vietnã. E essa história é interessante por envolver uma grande multinacional que atua no país.

Cerca de 21 mil trabalhadores da fábrica Ching Luh, entraram em greve nessa segunda-feira reinvidicando um aumento salarial. E é uma reinvidicação justa pois a inflação no Vietnã cresceu 19% no ano passado enquanto o salário apenas 13%, não há bolso que aguente.

Essa fábrica é taiuânesa e, desde 2002, trabalha confeccionando tênis para a Nike com salários para seus trabalhadores de US$ 59 por mês. Agora eles querem um aumento de 20% no salário e melhores serviços alimentares.

Do outro lado a fábrica afirma que já paga 14% a mais que o salário mínimo no país e, por isso, não tem a intenção de reajustar. O mais interessante é que, esse salário mínimo de US$ 59 é apenas para trabalhadores de empresas estrangeiras. E os investidores estrangeiros já avisaram: irão deixar o país caso a intervenção estatal prejudique seus negócios.

Há algo de errado nessa história toda, não?