Há não muito tempo atrás todas grandes empresas estavam eufóricas com o crescimento chinês. O que os atraia, e ainda atrai, não era somente seu enorme mercado mas também os baixos custos para produção. O salário dos trabalhadores chineses eram (e são) extremamente baixos em relações aos correspondentes nos países desenvolvidos. Ao mesmo tempo que as empresas adoravam (ou adoram) essa "vantagem" chinesa os políticos criticavam (e criticam) esse aspecto do crescimento do país sempre citando palavras como "exploração", "escravismo", etc.

Com mais dinheiro entrando no país, mais trabalho e consumo, o governo chinês resolveu aumentar o teto salarial dos trabalhadores. Agora o "encanto salarial" começou a ser quebrado.

Hoje a Adidas, segunda maior empresa do ramo esportivo do mundo, anunciou através de seu presidente Herbert Hainer que está retirando parte de sua produção da China. O motivo: justamente esse aumento dos salários que encareceu sua produção.

Agora a empresa está transferindo parte de sua produção para a Índia, Laos, Camboja, Vietnã e outros países da ex-União Soviética e da Europa Oriental. Nessa briga pelo menor custo a notícia nesses países citados acima dentro de alguns anos será a mesma que a China recebe hoje.