O G8 vem se esforçando para estabelecer metas de redução de CO2 e fazer um acordo pós-Kyoto cujo protocolo expira em 2012. Um acordo nesse sentido será muito difícil de ser feito. E, pior, há razões até que razoáveis para os países não quererem estabelecer metas de redução.

Hoje somente a China e a Índia são responsáveis por um quarto das emissões mundiais. E eles são os primeiros a dizer que não irão aderir aos planos de reduzir pela metade as emissões até 2050. Ou seja, em 42 anos.

O argumento é que ainda são países em desenvolvimento e que suas emissões per capita ainda são baixas se comparadas aos países desenvolvidos. (Aqui abro esse parentêses para a história de acidentes de carro na China. Quem já foi lá sabe o caos que é o trânsito nas grandes cidades chinesas. O Governo se orgulhava de ter poucos acidentes. Porém eles faziam essas estatísticas levando em conta a população inteira do país e não o número de carros, ou seja, o número caia e muito. Usar estatísticas "per capita" quando se fala de países de população tão grande pode ser muito perigoso).

No final eles jogam a responsabilidade para os países desenvolvidos e não é totalmente injusto afinal eles cresceram à um custo ambiental enorme. Hu Jintao, presidente chinês disse: "Os países desenvolvidos deveriam fazer compromissos explícitos para continuar assumindo a liderança na redução das emissões".

Então, do lado deles se resolve apontar o dedo para os outros. Já pelo lado do G8, principalmente os EUA, diz que não poderá cumprir essa meta se os países em rápido crescimento também não se empenharem para tal. Se resolve então que nada está resolvido. E uma solução vai ficando cada vez mais distante.

A pergunta que fica é: as futuras potências mundiais cometerão os mesmos erros das atuais?