Há vários nomes para o local: Rochas de Liancourt, Rochas de Manalai, Rochas Hornet, Dokdo e Takeshima. As coordenadas são uma só: 37° 14′ N 131° 52′ E. Se trata de um conjunto de 30 pequenas ilhas, praticamente inabitadas, que voltou a aumentar as tensões entre Japão e Coréia do Sul nos últimos dias.

Essa chama reacendeu quando o Ministério da Educação japonês instruiu seus professores para ensinarem que essas ilhas pertencem ao seu país. A Coréia do Sul respondeu retirando seu embaixador, Kwon Chul-Hyun, do Japão.

O problema reacende tensões da época em que a Coréia era colônia japonesa (entre 1910 e 1945). Em 1905, na época do Japão Imperial, as ilhas foram tomadas pelos japoneses que só perderam a soberania sobre o local em 1945 quando perderam a 2ª Guerra Mundial.

Acontece que, se a Coréia "tomou posse" do local, o Japão nunca admitiu essa perda. Se levarmos em contato o princípio "pertence a quem mora" (como o Brasil fez no século 19 para resolver disputas territoriais), então o local pertence à Coréia do Sul. O único habitante permanente do local é um sul-coreano.

Mas porque o local é tão importante?
Em primeiro lugar há essa ferida não-cicatrizada da época colonial. Acredito que essa seja a questão principal. Há uma pequena base militar sul-coreana no local e, economicamente, acredita-se que lá pode haver jazidas de gás natural.

Vale lembrar das tensões em 2006 que quase acabou em guerra. Na ocasião o Japão quis enviar uma missão oceanográfica perto das ilhas e Seul ameaçou responder com a força. No final o Japão se comprometeu em desistir da exploração e a Coréia do Sul aceitou não estabelecer (ao menos temporiariamente) unilateralmente os limites dos fundos marinhos do local.