Neste domingo Dalai Lama se encontrou com o prefeito de Paris e recebeu nada menos que o título de cidadão honorário da Cidade Luz.

Claro, em nome do povo chinês, o governo alertou para que a França não cometesse erros em relação à questão Tibetana. Se referindo ao caso mais recente que diz respeito ao encontro do presidente Sarkosy com o Dalai Lama.

Gostei muito da resposta honesta do prefeito de Paris, o socialista Bertrand Delanoe. Primeiro disse que essa honra é uma iniciativa da cidade, e não do governo francês, evitando assim possíveis generalizações. Também disse que não havia questão de "interferência" no caso e terminou dizendo "não há chance de renunciar às minhas convicções, sem a intenção de ser provocativo".

A mais sã das declarações pois, se o governo chinês não reconhece Dalai Lama como alguém que merece ser ouvido tampouco pode (e deve) impedir que outros países e governos o façam.

Outro destaque dessa visita em que Dalai Lama se reuniu com parlamentares franceses pró-Tibete e membros da comunidade tibetana e chinesa em Paris, foi suas declarações fortes: "Eu tenho um sentimento, desde março de 2008, de que uma nação muito antiga e sua herança e cultura tinham recebido a pena de morte".

Sem querer analisar uma questão tão séria e que, sendo sincero, não me sinto capaz de analisar tão profundamente com o risco de ser superficial como acredito que muitos de nós, estrangeiros no assunto, o somos. Sem querer simplificar e sem querer fazer disso uma questão política...

(Tentando) pensar somente nos tibetanos, em sua cultura e história e que viram, em algo como 50 anos, sua população se transformar em minoria no seu território, penso que as declarações do Dalai Lama tem muita razão em serem ditas.