Como diz aquele antigo ditado (escolha de onde): "Tudo tem dois lados". Outro também cabe bem nessa situação: "Quem tem mais dinheiro, manda". Enfim, poderia seguir nessa linha e gastar as teclas aqui.
Mas vejam vocês essa situação. No final do mês passado, janeiro portanto, a Assembléia Legislativa do Tibete teve um sessão diferente. Votou e aprovou por unanimidade a data de uma nova festa datada para dia 28 de março que foi batizada com o sutil nome de "Dia da Libertação da Escravidão". Traduzindo pro lado do governo chinês: dia em que o governo de Dalai Lama foi oficialmente abolido no Tibete. Motivo de comemoração, certo?
Traduzindo pro lado tibetano: uma ofensa e uma tentativa de ofuscar as comemorações do levante de março de 1959 quando eles se levantaram contra o então governo chinês que ocupava a região desde 1950 com medo que eles assassinassem o jovem Dalai Lama Tenzin Gyatso, que acabou se exilando na Índia. E lá permanece até hoje.
Beijing não admite conversar com o 14º Dalai Lama, não admite tornar Tibete em estado independente conforme foi acertado no começo turbulento do século 20, não admite a "hanização" (termo que inventei agora) que está sendo feita desde então. Tudo bem. Mas é ofensivo para qualquer um de bom senso e noção histórica instituir tal festa. Diria eu que dá um passo atrás em relação ao Tibete e dá desculpas para haver outro levante ainda esse ano, seguindo o exemplo do ano passado.
Por fim, quem será que controla essa tal Assembléia Tibetana....? Inútil responder, não?
Mas vejam vocês essa situação. No final do mês passado, janeiro portanto, a Assembléia Legislativa do Tibete teve um sessão diferente. Votou e aprovou por unanimidade a data de uma nova festa datada para dia 28 de março que foi batizada com o sutil nome de "Dia da Libertação da Escravidão". Traduzindo pro lado do governo chinês: dia em que o governo de Dalai Lama foi oficialmente abolido no Tibete. Motivo de comemoração, certo?
Traduzindo pro lado tibetano: uma ofensa e uma tentativa de ofuscar as comemorações do levante de março de 1959 quando eles se levantaram contra o então governo chinês que ocupava a região desde 1950 com medo que eles assassinassem o jovem Dalai Lama Tenzin Gyatso, que acabou se exilando na Índia. E lá permanece até hoje.
Beijing não admite conversar com o 14º Dalai Lama, não admite tornar Tibete em estado independente conforme foi acertado no começo turbulento do século 20, não admite a "hanização" (termo que inventei agora) que está sendo feita desde então. Tudo bem. Mas é ofensivo para qualquer um de bom senso e noção histórica instituir tal festa. Diria eu que dá um passo atrás em relação ao Tibete e dá desculpas para haver outro levante ainda esse ano, seguindo o exemplo do ano passado.
Por fim, quem será que controla essa tal Assembléia Tibetana....? Inútil responder, não?
Comments (3)
Há uma citação que também se aplica perfeitamente ao caso: "A história é sempre contada pelos vencedores".
Sergio
Olha Sérgio, queria ter pensado nessa citação enquanto escrevia, é realmente perfeita para esse caso!
Abraços.