O atual premiê japonês, Shinzo Abe, anunciou hoje, 12 de setembro, que irá renunciar ao seu cargo depois de seu primeiro ano de mandato, que começou no dia 26 de setembro do ano passado.

Entrando no lugar do popular Junichiro Koizumi, Abe nunca conseguiu grande popularidade no Japão que chegou a apenas 30%. Vale ressaltar que Abe é o primeiro premiê japonês nascido depois da 2ª Guerra mundial e desde que assumiu o cargo tomou medidas como a revisão do armamento japonês (mas ele sai também sem revisar o nome de alguns 'heróis de guerra' como foi seu avô, que, em outros países asiáticos são considerados criminosos de guerra) que foi impulsionada pela corrida armamentista depois dos testes nucleares norte-coreanos. Alías, independentemente de quem irá sucedê-lo, a revisão armamentista japonesa deve continuar a ser tendência.

O premiê ainda teve sua imagem abalada por casos de corrupção de seus ministros e, mais recentemente pela derrota do partido nas eleições de 29 de julho, na qual a oposição obteve o controle do Parlamento.

"Na atual situação, é difícil seguir com políticas efetivas, que ganhem o apoio e a confiança do público", disse Abe em discurso. "Decidi que precisamos mudar essa situação".

Abe já havia anunciado que, caso não conseguisse prorrogar a missão de apoio logístico (pela 12ª vez) que as tropas japonesas fazem aos EUA no Afeganistão, ele renunciaria. Com maioria no parlamento o Partido Liberal Democrático (PLD, da oposição) não aprovou tal medida.

A votação para o sucessor deve ocorrer no próximo dia 19, e os prováveis candidatos são: Taro Aso (ministro das Relações Exteriores), Kaoru Yosano (ministro da Economia) e Sadakazu Tanigaki (ex-ministro das Finanças).