E aconteceu. Conforme uma notícia publicada aqui sobre a corrida eleitoral no Paquistão, o General Pervez Musharraf ganhou a maioria dos votos na eleição do último sábado. Vamos lembrar que até hoje ainda está segurando o cargo de chefe das forças armadas do país e prometeu sair do cargo no caso de sua reeleição.
O trabalho de Musharraf está apenas no começo pois terá de encarar a instabilidade política do país e uma pressão internacional para o combate ao terrorismo mas, segundo críticos, ele não conseguirá fazer nada se não contar com a ajuda da oposição, mais precisamente ex-Primeira Ministra Benazir Bhutto.
No momento o partido de Musharraf, a Liga Islâmica do Paquistão (PML-Q) ainda possui maioria no congresso, 164 de 342 cadeiras, uma pequena maioria há de se dizer, mas, com as eleições da casa a serem feitas ainda este ano, seu partido deve perder alguma cadeiras. Isso, vira seus olhos para o segundo maior partido do país: o Partido Popular do Paquistão (PPP), com 56 cadeiras, justamente presidido por Bhutto.
Bhutto governo o país entre 1988 e 1996, foi acusada de corrupção quando deixou o cargo e hoje está exilada. Pela governabilidade Musharraf assinou um acordo de "reconciliação nacional" na última sexta-feira, que diz que qualquer um que teve cargo público 1986 e 1999 e foi acusado de corrupção não é culpado. Isso faz com que Bhutto volte para a cena política do Paquistão sem problemas.
E mais, Musharraf e Butho já teriam concordado em dividir o poder, onde Musharraf ficará como Presidente e Butho atuará como Primeira-Ministra. Uma coalizão com o PPP também seria bom para Musharraf pelo fato do partido ser o mais secular do Paquistão e ser favorecido nas doações dos EUA, UE e Japão, que vivem preocupados com o crescimento do fundamentalismo islâmico. Para Butho essa aliança pode ser única de sair do exílio e voltar com força total.
Mas, não haveria dificuldades?
Um grande obstáculo pode ser justamente o exército. Vamos para a história.
Bhutto vem de família tradicional na política local, seu pai, Zulfikar Ali Bhutto, já foi Primeiro-Ministro mas foi deposto e morto pelo Golpe Militar de 1979. Razões familiares para tanto ódio, e isso é mútuo já que é sabido que o exército não gosta de Bhutto entre todos os líderes políticos locais. Isso é um grande contraste com Musharraf que, como General, já disse que o uniforme é sua "segunda pele".
Além disso, Bhutto não gosta da maneira que Musharraf luta contra o terrorismo, e isso é um assunto que preocupa a comunidade internacional.
Bhutto declarou recentemente que permitiria a intervenção americana para realizar ataques contra os fundamentalistas islâmicos, Musharraf por sua vez adiantou que quer os EUA bem longe dos assuntos internos. Musharraf não deve ceder nesse assunto.
Tal aliança não seria ilegal?
É justamente o que outros partidos de oposição alegam no momento. O maior crítico de tal aliança é o líder da Liga Muçulmana do Paquistão (PML-N), Nawaz Sharif, que governou o país de 1997 até 2001 e foi deposto pelo golpe que fez de Musharraf o novo presidente. Mas, com apenas 19 cadeiras no congresso é pouco provável que consigam fazer alguma coisa.
Enquanto isso, alguns membros da coalizão governista estão tentando algumas alianças com partidos islâmicos conservadores da oposição para assegurar maioria e favorecer Musharraf a qualquer preço.
O trabalho de Musharraf está apenas no começo pois terá de encarar a instabilidade política do país e uma pressão internacional para o combate ao terrorismo mas, segundo críticos, ele não conseguirá fazer nada se não contar com a ajuda da oposição, mais precisamente ex-Primeira Ministra Benazir Bhutto.
No momento o partido de Musharraf, a Liga Islâmica do Paquistão (PML-Q) ainda possui maioria no congresso, 164 de 342 cadeiras, uma pequena maioria há de se dizer, mas, com as eleições da casa a serem feitas ainda este ano, seu partido deve perder alguma cadeiras. Isso, vira seus olhos para o segundo maior partido do país: o Partido Popular do Paquistão (PPP), com 56 cadeiras, justamente presidido por Bhutto.
Bhutto governo o país entre 1988 e 1996, foi acusada de corrupção quando deixou o cargo e hoje está exilada. Pela governabilidade Musharraf assinou um acordo de "reconciliação nacional" na última sexta-feira, que diz que qualquer um que teve cargo público 1986 e 1999 e foi acusado de corrupção não é culpado. Isso faz com que Bhutto volte para a cena política do Paquistão sem problemas.
E mais, Musharraf e Butho já teriam concordado em dividir o poder, onde Musharraf ficará como Presidente e Butho atuará como Primeira-Ministra. Uma coalizão com o PPP também seria bom para Musharraf pelo fato do partido ser o mais secular do Paquistão e ser favorecido nas doações dos EUA, UE e Japão, que vivem preocupados com o crescimento do fundamentalismo islâmico. Para Butho essa aliança pode ser única de sair do exílio e voltar com força total.
Mas, não haveria dificuldades?
Um grande obstáculo pode ser justamente o exército. Vamos para a história.
Bhutto vem de família tradicional na política local, seu pai, Zulfikar Ali Bhutto, já foi Primeiro-Ministro mas foi deposto e morto pelo Golpe Militar de 1979. Razões familiares para tanto ódio, e isso é mútuo já que é sabido que o exército não gosta de Bhutto entre todos os líderes políticos locais. Isso é um grande contraste com Musharraf que, como General, já disse que o uniforme é sua "segunda pele".
Além disso, Bhutto não gosta da maneira que Musharraf luta contra o terrorismo, e isso é um assunto que preocupa a comunidade internacional.
Bhutto declarou recentemente que permitiria a intervenção americana para realizar ataques contra os fundamentalistas islâmicos, Musharraf por sua vez adiantou que quer os EUA bem longe dos assuntos internos. Musharraf não deve ceder nesse assunto.
Tal aliança não seria ilegal?
É justamente o que outros partidos de oposição alegam no momento. O maior crítico de tal aliança é o líder da Liga Muçulmana do Paquistão (PML-N), Nawaz Sharif, que governou o país de 1997 até 2001 e foi deposto pelo golpe que fez de Musharraf o novo presidente. Mas, com apenas 19 cadeiras no congresso é pouco provável que consigam fazer alguma coisa.
Enquanto isso, alguns membros da coalizão governista estão tentando algumas alianças com partidos islâmicos conservadores da oposição para assegurar maioria e favorecer Musharraf a qualquer preço.
14:56 |
Tags:
Paquistão
|
0
comentários
Comments (0)