Outro dia falamos da preferência por bebês do sexo masculino na ásia, a grande disparidade e suas possíveis conseqüências. Então, para aprofundar no assunto vamos falar sobre dois países com realidades bem diferentes nessa área: Coréia do Sul e Vietnã.
Um estudo feito pelo Instituto Coreano para Saúde e Assuntos Sociais a cada três anos fala sobre as atitudes e tendências dos casais perante os filhos. Em 1991 40.5% das mulheres casadas diziam que sua família precisava ter um menino. Em 2003 esse número caiu para 14.1% e, no ano passado, esse número foi de apenas 10.1%.
Os resultados ainda apontaram que 49.8% disseram que não é nenhum problema se não tiverem meninos, enquanto esse número era de 43% em 2003 e 28% em 1991. As mulheres vivendo nas áreas rurais e que não são tão bem educadas, disseram que ter um menino é essencial enquanto as mulheres da cidade não se sentem dessa maneira. Os motivos dados para favorecer o nascimento de meninos foram: satisfação da mãe, felicidade da família e continuação do nome da família.
Kim Seung-Know, que organizou o último estudo conclui que na Coréia do Sul essa preferência pelo sexo do bebê já desapareceu. Não custa lembrar que o país tem uma das economias mais dinâmicas do mundo, onde a renda per capita é comparada à muitos países europeus.
Agora vamos falar sobre o caso contrário: o Vietnã.
Assim como a China o país adota uma política de planejamento familiar, só que os casais vietnamitas podem ter até dois filhos. Então, muitos tentam ter um menino primeiro e até não se importam em ter uma menina depois, é comum ter dois meninos, um menino e uma menina, mas raramente se vê duas meninas por casal. Essa é uma das razões para que neste ano taxa de nascimento seja de 120 meninos para 100 meninas. Em algumas regiões do país isso deve chegar em torno de 135 para 100, enquanto a média internacional é de 104 meninos para 100 meninas.
Então a preferência por meninos é bem clara nesse caso. Mas, se você está grávida de uma menina só há uma maneira de evitar seu nascimento: o aborto. E é justo aqui que entra outra parte importante desse problema. O Governo Vietnamita, alarmado com essas diferenças, alertou os médicos que é ilegal fazer ultra-som para saber o sexo do feto. Nada que uma propina não ajude, não é verdade?
Assim, sabendo que o feto é uma menina as futuras mães vão para uma das clínicas de aborto "O Mundo tá cheio" (públicas e particulares) e pagam de 10 até 20 dólares americanos para interromper a gravidez. Isso faz com que as mulheres vietnamitas tenham uma média de 2,5 abortos em sua vida.
O Professor Nguyen Dinh Cu, Chefe do Instituto de Pesquisa Populacional e Assuntos Sociais, ressalta que os 1.35 milhões de abortos anuais são iguais aos de nascimento. Isso mesmo! Algo realmente impressionante.
As conseqüências dessa disparidade de sexos podem ser vistas hoje na China. Falta mulher para tanto homem. E, como citamos na reportagem anterior, de alguma forma incentiva o tráfico e exploração sexual de mulheres. Além disso, é um reflexo do machismo dessas sociedades, mas isso é assunto para outra vez...
Um estudo feito pelo Instituto Coreano para Saúde e Assuntos Sociais a cada três anos fala sobre as atitudes e tendências dos casais perante os filhos. Em 1991 40.5% das mulheres casadas diziam que sua família precisava ter um menino. Em 2003 esse número caiu para 14.1% e, no ano passado, esse número foi de apenas 10.1%.
Os resultados ainda apontaram que 49.8% disseram que não é nenhum problema se não tiverem meninos, enquanto esse número era de 43% em 2003 e 28% em 1991. As mulheres vivendo nas áreas rurais e que não são tão bem educadas, disseram que ter um menino é essencial enquanto as mulheres da cidade não se sentem dessa maneira. Os motivos dados para favorecer o nascimento de meninos foram: satisfação da mãe, felicidade da família e continuação do nome da família.
Kim Seung-Know, que organizou o último estudo conclui que na Coréia do Sul essa preferência pelo sexo do bebê já desapareceu. Não custa lembrar que o país tem uma das economias mais dinâmicas do mundo, onde a renda per capita é comparada à muitos países europeus.
Agora vamos falar sobre o caso contrário: o Vietnã.

Então a preferência por meninos é bem clara nesse caso. Mas, se você está grávida de uma menina só há uma maneira de evitar seu nascimento: o aborto. E é justo aqui que entra outra parte importante desse problema. O Governo Vietnamita, alarmado com essas diferenças, alertou os médicos que é ilegal fazer ultra-som para saber o sexo do feto. Nada que uma propina não ajude, não é verdade?
Assim, sabendo que o feto é uma menina as futuras mães vão para uma das clínicas de aborto "O Mundo tá cheio" (públicas e particulares) e pagam de 10 até 20 dólares americanos para interromper a gravidez. Isso faz com que as mulheres vietnamitas tenham uma média de 2,5 abortos em sua vida.
O Professor Nguyen Dinh Cu, Chefe do Instituto de Pesquisa Populacional e Assuntos Sociais, ressalta que os 1.35 milhões de abortos anuais são iguais aos de nascimento. Isso mesmo! Algo realmente impressionante.
As conseqüências dessa disparidade de sexos podem ser vistas hoje na China. Falta mulher para tanto homem. E, como citamos na reportagem anterior, de alguma forma incentiva o tráfico e exploração sexual de mulheres. Além disso, é um reflexo do machismo dessas sociedades, mas isso é assunto para outra vez...
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