Então estamos a menos de um ano dos Jogos Olímpicos de Beijing. Para sediar os jogos a China se comprometeu, em 2001, a melhorar alguns aspectos como direitos humanos e liberdade de imprensa.

Os protestos de ONG’s que trabalham nessas áreas são imensos argumentando que o país não evoluiu, ou até regrediu, não cumprindo as regras que eles próprios concordaram.

Eis que leio uma notícia sobre o Governo Chinês prometendo maior liberdade de informação em 2008. Nessa notícia Cai Wu, ministro do Gabinete de Informação do Conselho de Estado, prometeu que o país irá fornecer todas as informações necessárias aos 30 mil jornalistas estrangeiros que devem cobrir os Jogos.

Há o comprometimento oficial de não censurar informações, de fornecer todo o suporte possível, com uma cobertura inédita na história das Olimpíadas. Não há dúvidas que conseguirão fazer e também não há dúvidas que o país se abriu mais nessa área, hoje há mais de 700 jornalistas estrangeiros vivendo em Beijing, o dobro de há 5 anos atrás.

Mas, ao mesmo tempo, leio uma notícia que diz que um escritor chinês, sim, chinês, foi preso no último dia 13 por criticar os Jogos Olímpicos do ano que vem. Sejamos realistas, não é a primeira nem será a última vez que um chinês critica os Jogos.

O nome do escritor é Wang Dejia, que faz uso do pseudônimo Jing Chu, e foi preso na linda cidade turística de Guilin. As acusações são de "incitação à subversão do poder do Estado". O que isso significa é uma pergunta muito relativa. Mas, 8 meses antes do início dos Jogos a pergunta sobre liberdade de imprensa permanece. Ou será que liberdade de imprensa é diferente para estrangeiros e chineses?