Um relatório publicado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) diz que a população de cidades portuárias que correm o risco de inundações passará dos 40 milhões atuais para 150 milhões em 2070. E, a região mais atingida será a ásia.

Os motivos seriam os que estão em pauta atualmente: mudança climática e a elevação do nível do mar. Essa hipótese conta com a previsão de cientistas de que, até 2070, o nível dos oceanos aumente mais 50 centímetros. Os prejuízos para as cidades estudadas passariam de US$ 3 trilhões em 2007 para US$ 35 trilhões.

Metade dessa população está (estará) concentrada em 10 cidades, das quais 9 se encontram na ásia e apenas 1 fora dela.

A OCDE diz que, atualmente, Mumbai, na Índia, é a cidade mais vulnerável devido ao grande número de habitantes, mas, até 2070, esse posto irá para a também indiana Calcutá.

Então o cenário daqui a 63 anos seria o seguinte: Calcutá como a cidade de maior risco, seguida por Mumbai, Dacca (capital de Bangladesh), Guangzhou (na China), cidade de Ho Chi Minh (Vietnã), Shanghai (também na China), Bagcoc (Tailândia), Rangun (Mianmar) Hai Phong (Vietnã) e, por último, a única cidade do “mundo desenvolvido”: Miami, nos EUA.

Para se ter uma idéia do problema que a ásia terá de enfrentar os países com maior número de moradores nessa ‘área de risco’ são a China (com 30 milhões), Índia (com 28 milhões), Bangladesh (com 18 milhões), Vietnã (14 milhões), os EUA (13 milhões) e o Japão (com cerca de 8 milhões).

Nisso tudo também entra o prejuízo econômico que poderão chegar a quase US$ 11 bilhões na China, mais outros US$ 9 bilhões nos EUA, US$ 4 bilhões na Índia e cerca de US$ 3,5 bilhões no Japão.

Com isso fica o alerta de que não somente esses, mas outros que também serão atingidos como o Brasil e o Equador, terão de investir não somente na proteção das áreas mais atingidas, mas também participar mais ativamente, apresentando e implementando soluções contra o aquecimento global. Será mais barato investir em novas tecnologias do que arcar com os prejuízos em pouco tempo e também ninguém poderá arcar com a perda de vida.

Comments (1)

On 20 de dezembro de 2007 às 00:51 , Anônimo disse...

Sem querer ser pessimista demais, mas isso tudo se até 2070 nenhuma dessas cidades forem destruídas por furacões, maremotos, essas outras "coisinhas" que o aquecimento global potencializa...