Ontem, dia 23 de dezembro de 2007, marcou a volta do povo tailandês às urnas, depois de 15 meses com um Governo Militar Provisório. Foi só mais um dos golpes que marcaram a história recente do país. Houveram 18 golpes de estado nos últimos 75 anos.
Desde que o Governo Militar tomou o poder houve uma explosão na criação de partidos políticos. Nessa eleição entraram na briga 66 partidos, sendo 33 fundados este ano, com 5.054 candidatos, buscando 480 cadeiras no novo Parlamento. Porém, os três principais na disputa são o Partido do Poder do Povo (PPP), o Partido Democrata (PD) e o Nação Tailandesa.
O PPP nada mais é que um outro nome do banido Thai Rak Thai (Tailandeses Amam a Tailândia, TRT), então liderado pelo presidente deposto Thaksin Shinawatra, hoje exilado em Londres e novo presidente do clube de futebol de Manchester City. O candidato à Primeiro-Ministro do país é Samak Sundaravej, amigo íntimo de Thaksin.
O PD é liderado por Abhisit Vejjajiva, um jovem político de 43 anos educado em Oxford, e é um dos partidos mais antigos do país. Foi fundado em 1945, justamente para as primeiras eleições parlamentares pós-segunda guerra e, atualmente, é considerado um partido mais de centro-esquerda.
Já o Nação Tailandesa (Chart Thai) é comandado pelo veterano Banharn Silpa-archa, de 75 anos, que inclusive já chegou à Presidência do país em 1994, tendo seu reduto eleitoral na zona rural.
As eleições
Antes de começar as eleições e com todas as pesquisas apontando para o PPP a pergunta era uma só: caso o partido viesse a ganhar, o Governo Militar iria respeitar a votação ou faria de tudo para manter Thaksin, acusado de corrupção em diversos casos, longe do poder?
Na aparência o Governo Militar jurou respeitar o resultado das eleições e os líderes do PPP garantiram que não irão preparar nenhuma vingança contra os militares.
Então, com os resultados de boca-de-urna já saindo a vitória é apontada justamente para Samak Sundaravej, com o PPP conseguindo 230 dos 480 lugares no Parlamento. Uma maioria que não assegura a governabilidade do partido, sendo que a expectativa era de 240, estabelecendo assim a maioria absoluta. Por isso, tudo aponta para alianças e alianças e mais alianças entre o PPP e os partidos menores. Mas a inabalável popularidade do PPP demonstra que toda a campanha contra do Governo militar não adiantou muita coisa.
Então agora começa o movimento para a volta de Thaksin que, por ter mandado de prisão na Tailândia, só deverá voltar ao país caso seja absolvido pelo governo. Claro, isso não será problema com seu amigo Samak no comando. A volta triunfal do ex-primeiro ministro deve acontecer logo nos 2 primeiros meses de 2008, mas também dependerá das alianças feitas pelo futuro governo.
Apesar de analistas políticos já terem anunciado, mais uma vez, a compra maciça de votos essas eleições não foram marcadas por nenhum grande problema e a tendência é que o poder seja restituído a um governo civil sem grandes turbulências.
Como uma das grandes economias emergentes da Ásia os 63 milhões de tailandeses agora vivem a expectativa de voltar para a normalidade e trabalhar por uma vida melhor.
Desde que o Governo Militar tomou o poder houve uma explosão na criação de partidos políticos. Nessa eleição entraram na briga 66 partidos, sendo 33 fundados este ano, com 5.054 candidatos, buscando 480 cadeiras no novo Parlamento. Porém, os três principais na disputa são o Partido do Poder do Povo (PPP), o Partido Democrata (PD) e o Nação Tailandesa.
O PPP nada mais é que um outro nome do banido Thai Rak Thai (Tailandeses Amam a Tailândia, TRT), então liderado pelo presidente deposto Thaksin Shinawatra, hoje exilado em Londres e novo presidente do clube de futebol de Manchester City. O candidato à Primeiro-Ministro do país é Samak Sundaravej, amigo íntimo de Thaksin.

Já o Nação Tailandesa (Chart Thai) é comandado pelo veterano Banharn Silpa-archa, de 75 anos, que inclusive já chegou à Presidência do país em 1994, tendo seu reduto eleitoral na zona rural.
As eleições
Antes de começar as eleições e com todas as pesquisas apontando para o PPP a pergunta era uma só: caso o partido viesse a ganhar, o Governo Militar iria respeitar a votação ou faria de tudo para manter Thaksin, acusado de corrupção em diversos casos, longe do poder?
Na aparência o Governo Militar jurou respeitar o resultado das eleições e os líderes do PPP garantiram que não irão preparar nenhuma vingança contra os militares.
Então, com os resultados de boca-de-urna já saindo a vitória é apontada justamente para Samak Sundaravej, com o PPP conseguindo 230 dos 480 lugares no Parlamento. Uma maioria que não assegura a governabilidade do partido, sendo que a expectativa era de 240, estabelecendo assim a maioria absoluta. Por isso, tudo aponta para alianças e alianças e mais alianças entre o PPP e os partidos menores. Mas a inabalável popularidade do PPP demonstra que toda a campanha contra do Governo militar não adiantou muita coisa.
Então agora começa o movimento para a volta de Thaksin que, por ter mandado de prisão na Tailândia, só deverá voltar ao país caso seja absolvido pelo governo. Claro, isso não será problema com seu amigo Samak no comando. A volta triunfal do ex-primeiro ministro deve acontecer logo nos 2 primeiros meses de 2008, mas também dependerá das alianças feitas pelo futuro governo.
Apesar de analistas políticos já terem anunciado, mais uma vez, a compra maciça de votos essas eleições não foram marcadas por nenhum grande problema e a tendência é que o poder seja restituído a um governo civil sem grandes turbulências.
Como uma das grandes economias emergentes da Ásia os 63 milhões de tailandeses agora vivem a expectativa de voltar para a normalidade e trabalhar por uma vida melhor.
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