Eu desenvolvi uma teoria há algum tempo. Tenho a pretensão de chamá-la de teoria na verdade, mas ela é baseada na história contemporânea. Alías, talvez nem seja uma teoria propriamente dita, no entanto, pela 1ª vez na história os chamados países em desenvolvimento, o 3º mundo, tem a oportunidade de mudar o ciclo que se formou nos últimos séculos. As ex-colônias, como Brasil, Índia, África do Sul, países do sudeste asiático e outros, começam a ter um peso no cenário internacional maior.

Então, na minha teoria, na minha visão romântica, há uma grande oportunidade de esses países construírem um mundo mais justo por justamente ter a experiência de ter seu povo subjulgado e passando necessidade. Isso faria com que eles construíssem uma relação mais justa e benéfica com os outros países.

Mas, o bilionário George Soros (http://pt.wikipedia.org/wiki/George_Soros) afirmou justamente o contrário. Resumindo, o ditado “a situação faz o ladrão” parece ser mais adequada do que minha teoria.

Segundo Soros, que financia vários projetos na África atualmente, os dois grandes emergentes do mundo atual são “neo-colonizadores”. China e Índia, segundo Soros, estão repetindo os mesmo erros dos velhos colonizadores em relação à África, indo atrás somente dos recursos naturais que o continente tem.

Sedentas por petróleo e minérios para financiar seu crescimento o Dragão e o Elefante correm atrás desses recursos construindo uma relação não muito justa com os africanos. E, por ironia da história, os “ex-colonizadores” começaram a reclamar deles. Britânicos, Franceses, Americanos e outros não perdem a oportunidade de acusá-los de neo-colonialismo.

Apesar de Soros reconhecer que ainda há benefícios para o continente africano pois ele passa por seu maior crescimento econômico das últimas quatro décadas, ele ainda diz que a África está a margem da globalização.

Então, chegando ao final dessa matéria minha “teoria” é destruída. A humanidade está mesma a cometer os mesmos erros sempre? O papel de colonizadores estaria só mudando de endereço? Escrevo ouvindo “Eu vi o Futuro, baby, ele é Passado” de Marcelo Nova. Sem querer ser romântico.