A Indonésia é o país mais afetado pela gripe aviária, até agora foram mais de 100 vítimas. Sendo assim é uma dos países que mais compartilha material desse teor com a OMS (Organização Mundial de Saúde). Mas, segundo o Governo do país as amostras do vírus H5N1 têm como destino final alguns laboratórios privados, principalmente os americanos.

O objetivo dessa iniciativa seria claro: desenvolver vacinas humanas e vender aos países pobres afetados por um alto preço. Já há algum tempo a Indonésia se recusa a compartilhar suas amostras. Mas, segundo a Ministra da Saúde do país, Siti Fadilah Supari, as razões para a doença são, na verdade, divinas, e é também sobre isso que ela fala em seu livro “É hora de o mundo mudar. A Mão Divina por trás da Influenza Aviária”.

Apesar de não se poder lutar contra as razões divinas Supari denuncia em seu livro que a doença também está ocorrendo por causa dessa conspiração internacional onde os principais jogadores são os EUA e a OMS. Ainda segundo a Ministra o vírus do H5N1 estaria sendo colhido também para ser usado como arma biológica pelas superpotências. Essa suspeita nasceu depois que amostras enviadas pela Indonésia caíram nas mãos de uma laboratório pertencente ao Departamento de Defesa dos EUA.

O livro teve o prefácio do presidente da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono, e nem os EUA nem a OMS se manifestaram sobre o assunto.

Comments (1)

On 25 de fevereiro de 2008 às 20:55 , Anônimo disse...

Quanta loucura... A que ponto chegamos! Precisamos de respostas (remédios, vacinas, seja o que for) para o problema da gripe aviária. Mas, dentro da lógica atual, remédios, vacinas, ou seja, saúde é mercadoria. Então, os fabricantes dessa "mercadoria" estão doidinhos pra pegar toda a informacão possível e desenvolver o seu produto. Afinal, a demanda é clara! Os países afetados obviamente devem querer respostas, mas não querem que essas sejam patenteadas por precos exorbitantes... Ai, ai, quando vamos parar de tratar TUDO como mercadoria? Não parece óbvio que não tem como colocar valor numa vida, por exemplo? Como ignoramos esse absurdo?
Enfim, nada mais compreensivel que apelar para o divino. Perante as circunstancias, parece que vale tudo...