Os chineses como regra, estão ficando mais ricos, estão conhecendo outros países, descobrindo que o capitalismo pode ser bom e que eles são bons nisso. Então, eles querem cada vez mais e é natural que assim seja. Estão mais conscientes do sistema em que vivem e, se algo os afeta, irão protestar.

As potências ocidentais reclamam da falta de liberdade na China, dos direitos humanos e, principalmente, do senso não democrático. Mas, o Partido Comunista Chinês não parece se importar tanto com a opinião de outras potências, mas sabem que, se os preços do arroz, da carne de porco, de moradia chegar a níveis muito altos eles estarão em uma enrascada.

Por isso, gradualmente, os líderes chineses apontam para uma reforma política e nesta quarta-feira a imprensa divulgou os próximos passos que serão dados.

A idéia do PCC é de formar quatro “superministérios” que absorverão muitos órgãos do governo e serão os encarregados de orientar o sistema econômico. A idéia também é diminuir a conhecida burocracia e acelerar o processo de decisão e de ação.

Segundo o jornal Ta Kung Pao os “superministérios” serão encarregados de energia, indústria, transporte e meio-ambiente. Segundo alguns políticos chineses isso é apenas mais um passo rumo à uma reforma maior que incluirá mais influência ao Parlamento do país. Mas, para quem está pensando que isso quer dizer o fim do sistema unipartidário eu aconselho tirar isso da cabeça. Não somente segundo políticos, mas também cidadãos comuns o PCC é o pilar do desenvolvimento e da estabilidade do país.

Mais do que qualquer analista político ou qualquer governo de outro país o PCC sabe que reformas são necessários para, ao menos, acalmar o povo. Em um ato raro a ata da reforma publicada admite que há insatisfação popular com o governo. Acrescenta que o controle do Partido Comunista é essencial, mas que o Parlamento e autoridades não-comunistas devem ser ouvidas.

Segundo especialistas outras reformas devem ser feitas ainda este ano, pois os olhos de todo mundo estão voltado para eles e porque marca os 30 anos do Congresso onde Deng XiaoPing iniciou as reformas do país.