Essa é a pergunta que não quer calar. Como um país do tamanho do Brasil pode ficar atrás da Holanda, Cuba em uma Olimpíada?

Quem acompanha minimamente sabe os porquês. Mas não está na hora do Brasil começar a apostar mais no esporte, até mesmo como uma forma de "diplomacia" e de se destacar mais no cenário internacional? Acho que sim.

Nas Olimpíadas de Atenas - 2004 o país ficou na modestíssima 16ª colocação e agora, segundo o chefe da Missão Brasileira na Olimpíada de Beijing, Marcus Vinícius Freire, a aposta é que o país fique entre os 10 primeiros lugares. A palavra é dele: "Nossa expectativa é ter mais esportes participando, e com mais atletas. Não há como fazer uma previsão de medalhas, mas o objetivo é estar entre os 10 primeiros".

É uma visão bem otimista se olharmos o histórico brasileiro nos Jogos Olímpicos e bem diferente das previsões do Ministério do Esporte do país. Segundo meta do Plano Nacional de Desenvolvimento do Esporte divulgado essa semana colocou como meta estar entre o 11º e o 15º lugar. De positivo fica a "descoberta" de que, sim, o Brasil tem um plano de desenvolvimento nos esportes.

Internacionalmente o Comitê Olímpico Italiano (CONI) colocou o Brasil no 12º lugar, com 12 medalhas, ficando abaixo de: Estados Unidos, China, Rússia, Austrália, Alemanha, Grã-Bretanha, França, Itália, Coréia, Bielorússia e Espanha. Realmente, não deve ser muito diferente disso. Em 2004 o país conquistou dez medalhas.