Segundo o estudo “Desenvolvimento Sustentável e Prosperidade Partilhada”, do economista das Nações Unidas Shuvojit Banerjee 640 milhões de pessoas vivem em situação de pobreza extrema na Ásia-Pacífico. Uma situação trágica e que, apesar do crescimento econômico da região, só aumenta.

Esse estudo que é feito anualmente pela Comissão Econômico-Social das Nações Unidas para a Ásia-Pacífico (ESCAP, na sigla em inglês) apontou ainda que 1/3 dessa população (algo como 218 milhões de pessoas) podem deixar de viver na pobreza extrema se os governos tomarem investirem pesadamente na agricultura para que se torne viável econômica e socialmente. Uma atitude simples que pode até ajudar na diminuição da inflação no preço dos alimentos que tomam ao menos 15% do rendimento dos mais pobres.

Um exemplo de contradição é a China. Apesar do crescimento na casa dos dois dígitos nos últimos 20 anos no ano passado a inflação no país bateu recorde 4,8%, a maior taxa em 10 anos. A previsão neste ano é que fique em 3,5% e o estudo da ESCAP afirma que esse controle é fundamental para o país.

Neste ano a China e a Índia devem continuar a ser o “motor” da Ásia, principalmente com a crise americana que deve afetar os países que exportam produtos de alta tecnologia para os EUA: Japão, Coréia do Sul, Taiwan e Cingapura.

Ainda de acordo com o estudo impacto migratório, a adoção de um sistema de proteção social efetivo, a gestão ambiental e as relações comerciais no continente devem ser as prioridades para fazer um desenvolvimento sustentável na região.