Em setembro passado a Coréia do Sul abriu um concurso para escolher seu primeiro astronauta. Receberam a inscrição de 36 mil candidatos e o escolhido foi Ko San, um engenheiro de computadores de 30 anos. Aí então ele recebeu um treinamento no Centro de Preparação de Cosmonautas Yuri Gagarin, na Rússia.

Porém, ele desobedeceu a Agência Russa disse que San cometia repetidos erros de protocolo como tirar manuais de treinamento do cen tro espacial sem permissão, por lá e foi excluído da missão que irá para a Estação Espacial Internacional (ISS) no dia 8 de abril.

Já quem ficou em segundo lugar no concurso foi Yi So-yeon, estudante de bioengenharia de 29 anos, e agora será ela primeira astronauta sul-coreana. Apesar da opinião pública ter ficado chateada no começo pela exclusão de Ko San, agora já começa a mudar.

Especialmente por ser uma sociedade dominada por homens, diversos grupos de mulheres afirmaram que a escolha de Yi pode elevar o status feminino.

Kim Ji-young, professor universitário que chefia a Federação Coreana das Associações de Mulheres na Ciência e Tecnologia, disse: "Ela vai ser um modelo e vai encorajar mulheres coreanas que querem entrar na ciência e na tecnologia, áreas onde mulheres enfrentam grandes dificuldades para encontrar empregos entre os homens".

Para se ter uma idéia da importância disso, não somente para a Coréia do Sul, até hoje 34 países há mandaram 470 astronautas para o espaço, somente cerca de 50 deles eram mulheres.

Eu particulamente acho que isso pode ser muito bom para o programa espacial sul-coreano (somente nessa viagem eles estão gastando US$ 27 milhões), pois entendo que é até uma chance de fazer de Yi So-yeon um símbolo do país e até da corrida espacial na Ásia.