Uma apresentação, possivelmente histórica, aconteceu nessa quarta-feira no Vaticano. Conforme anunciado já anteriormente o Papa Bento 16 recebeu a Orquestra Filarmônica da China e Coro da Ópera de Xangai, em um salão lotado da Santa Sé, para ouvir músicas como "Réquiem" de Mozart e tantas outras do folclore chinês.

Vamos revisar um pouco a história: A República Popular da China é fundade em 1949. Rompe com o Vaticano em 1951. Oficialmente o país é ateu. Na época mais ferrenha do comunismo os devotos de qualquer religião eram até torturados para largar a religião. Hoje há duas igrejas católicas na China: a fiel ao Papa e a oficial.

Bom, se as relações não são das melhores esse concerto pode ajudar na abertura de uma diálogo. Ou não, o Governo Chinês não pode ser taxado de "previsível", não é verdade?

De olho no "maior mercado" do mundo Bento 16 estabeleceu como prioridade de seu papado a melhoria das relações com os chineses. Em junho do ano passado o Papa inclusive publicou uma carta dizendo que quer restabelecer relações diplomáticas normais com o gigante asiático.

Esse concerto está já sendo comparado à diplomacia do "pingue-pongue" feito na década de 1970 quando jogos entre equipes levaram ao estabelecimento de relações entre os governos norte-americano e chinês. Daí pra frente sabemos o resultado.

Em sua mensagem Bento 16 declarou: "Ao recebê-los nesta noite, meus estimados artistas chineses, o papa pretende estender a mão a toda a população chinesa, e em especial aos seus companheiros de cidadania que compartilham da fé em Jesus e que estão unidos por meio de um laço espiritual especial com o Sucessor de Pedro".