*publicada originalmente para o Vc Repórter do terra.com.br

Quem anda pelas ruas de Shanghai, na China, se surpreende com mais de mil estátuas espalhadas pela cidade. São livros com rosto, conjuntos musicais e filas de pessoas feitas de bronze, afixadas nos condomínios, parques, shoppings e estações de metrô. Até 2010, o plano urbanístico deverá ter mais de 5 mil estátuas e esculturas urbanas, incluídas as 100 de maior destaque.

A idéia é apresentar a cidade como moderna e cosmopolita, além de melhorar sua paisagem, levar mais arte para a população e transformar essas "intervenções urbanas" em verdadeiras atrações turísticas.

O número de roubos é pequeno devido ao seu tamanho. Mas, para preveni-los, a maioria das estátuas são equipadas com um alarme anti-roubo. Pichações são raríssimas e o governo da cidade pede que os moradores denunciem qualquer tipo de vandalismo.

Segundo uma pesquisa realizada pelo Escritório Administrativo de Planos Urbanísticos de Shanghai, apenas 10% das estátuas de rua são consideradas "obras de arte" e o plano é também investir na qualidade artística de cada peça.

Inicialmente, somente o Comitê de Esculturas Urbanas selecionava as estátuas que iriam enfeitar as ruas, porém muitos residentes começaram a reclamar que não entendiam o que elas queriam dizer. A partir disso, nasceu a idéia dos próprios moradores de escolherem o tipo de peça que gostariam de ver e isso começou a ser adotado especialmente nas áreas comuns dos condomínios da cidade.

E não são apenas obras de artistas chineses que podem ser vistas na cidade. Franceses, americanos e alemães também têm suas estátuas espalhadas por lá.