Um dos argumentos desfavoráveis para o biocumbustível é o fato dele ser feito através de bens alimentícios. Não há dúvidas sobre sua contribuição, ao menos em curto e médio prazo, que ele possa dar ao meio-ambiente.

Com a crise alimentar atual o biocombustível se tornou um vilão, seus produtores também. O Brasil é o 2º maior produtor de biocumbustível no mundo e tem grande potencial para produzir ainda mais.

E as grandes preocupações na reunião do G8 ficaram em torno desses 2 assuntos: alimento e combustível. E o Japão é um dos grandes entusiastas e consumidores de biocumbustível, o que é bom para o Brasil.

Para se ter uma idéia em 2007 os japoneses produziram 10 mil quilolitros, em 2010 o país pretende produzir utilizar uma quantidade anual de biocombustíveis que corresponda ao uso de 500 mil quilolitros de petróleo.

Com a crise alimentar e as críticas ao biocombustível feito a partir dos alimentos o jeito é fazer biocombustível fabricada a partir de produtos não alimentícios. E o O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e o primeiro-ministro japonês, Yasuo Fukuda, chegaram a um acordo para colaborar na pesquisa desses novos biocombustíveis durante a cúpula do G8. "Atualmente, o Japão está realizando pesquisas com celulose (para a fabricação de biocombustíveis). Esperamos progredir com a cooperação do Brasil", disse Fukuda.

Acima de qualquer interesse econômico há a necessidade de continuar as pesquisas de novas formas de combustíveis para diminuir a dependência do petróleo. Para o Brasil cooperar com o Japão significa a possibilidade de aproveitar melhor o potencial do país nessa área além de diminuir as possíveis críticas do resto do G8.