Se o seu país foi invadido durante a 2ª Guerra Mundial pelo exército japonês você terá todos os motivos de ficar nervoso. Se você conhece um pouco da história asiática nessa época poderá ficar em dúvida, e nervoso também.
Será lançado no ano que vem um filme japonês chamado Nanjing no Shinjitsu (A verdade sobre Nanjing), para, por assim dizer, ‘comemorar’ os 70 anos do maior massacre do período em que o então Império Japonês queria dominar a ásia. Para se ter uma idéia as estatísticas oficiais estimam 142 mil pessoas mortas pelos japoneses que a então capital da República da China em 1938. Já a China fala em 300 mil pessoas, o Japão não concorda. Quanto vale um como outro, foi um dos maiores crimes do século passado.
Interessante também notar que o fato é negado por muitos japoneses, inclusive pessoas do governo. Assim também é negado a chegado do homem a lua. E esse é um dos grandes pontos de discórdia entre Tóquio e Beijing. O Japão os considera “heróis de guerra” e há até templos dedicados. A China e os outros países invadidos pelo Japão naquela época os consideram “criminosos de guerra” e, obviamente, ficam possessos de raiva quando alguma autoridade japonesa vai visita-los nos templos.
Satoru Mizushima, o diretor de Nanjing no Shinjitsu, tenta mostrar em seu filme as últimas 24 horas de vida desses líderes japoneses que acabaram condenados pelos aliados quando a guerra acabou. E Mizushima, em frase inspirada, foi além ao compará-los com Jesus Cristo: "Eles se parecem a Jesus Cristo que morreu pregado na cruz para limpar os pecados do mundo. Eles subiram à forca, carregando todas partes boas e ruins do Japão".
Segundo matéria do Washington Post, outros sete filmes estão sendo rodados sobre o “Massacre de Nanjing” incluindo um filme chinês baseado no best-seller de Iris Chang. O que há de positivo nisso é a cooperação de historiadores chineses e japoneses em um projeto que busca acabar com as divergências entre os países sobre a percepção da história.
E, vale citar que esse documentário foi financiado por doações de nacionalistas, que pertencem à corrente que não aceitaram a derrota japonesa na 2ª Grande Guerra. Sobre esse período do Império Japonês devemos indicar o DVD: "Terror no Oriente", que são dois documentário da BBC, lançados aqui no Brasil pela Editora Abril. E, sobre essa invasão à Nanjing, foi lançado um excelente documentário americano que focou na ajuda dos estrangeiros que moravam por lá naquela época e há imagens impressionantes filmadas por eles também. Se chama simplesmente "Nanjing".
Será lançado no ano que vem um filme japonês chamado Nanjing no Shinjitsu (A verdade sobre Nanjing), para, por assim dizer, ‘comemorar’ os 70 anos do maior massacre do período em que o então Império Japonês queria dominar a ásia. Para se ter uma idéia as estatísticas oficiais estimam 142 mil pessoas mortas pelos japoneses que a então capital da República da China em 1938. Já a China fala em 300 mil pessoas, o Japão não concorda. Quanto vale um como outro, foi um dos maiores crimes do século passado.
Interessante também notar que o fato é negado por muitos japoneses, inclusive pessoas do governo. Assim também é negado a chegado do homem a lua. E esse é um dos grandes pontos de discórdia entre Tóquio e Beijing. O Japão os considera “heróis de guerra” e há até templos dedicados. A China e os outros países invadidos pelo Japão naquela época os consideram “criminosos de guerra” e, obviamente, ficam possessos de raiva quando alguma autoridade japonesa vai visita-los nos templos.
Satoru Mizushima, o diretor de Nanjing no Shinjitsu, tenta mostrar em seu filme as últimas 24 horas de vida desses líderes japoneses que acabaram condenados pelos aliados quando a guerra acabou. E Mizushima, em frase inspirada, foi além ao compará-los com Jesus Cristo: "Eles se parecem a Jesus Cristo que morreu pregado na cruz para limpar os pecados do mundo. Eles subiram à forca, carregando todas partes boas e ruins do Japão".
Segundo matéria do Washington Post, outros sete filmes estão sendo rodados sobre o “Massacre de Nanjing” incluindo um filme chinês baseado no best-seller de Iris Chang. O que há de positivo nisso é a cooperação de historiadores chineses e japoneses em um projeto que busca acabar com as divergências entre os países sobre a percepção da história.
E, vale citar que esse documentário foi financiado por doações de nacionalistas, que pertencem à corrente que não aceitaram a derrota japonesa na 2ª Grande Guerra. Sobre esse período do Império Japonês devemos indicar o DVD: "Terror no Oriente", que são dois documentário da BBC, lançados aqui no Brasil pela Editora Abril. E, sobre essa invasão à Nanjing, foi lançado um excelente documentário americano que focou na ajuda dos estrangeiros que moravam por lá naquela época e há imagens impressionantes filmadas por eles também. Se chama simplesmente "Nanjing".
Comments (1)
Esse é um tipo de resposta bastante interessante, é o afirmar da negação do crime de guerra. Bem como acontece com Israel atualmente o Japão possui o que chamo de "justificativa histórica", sendo no caso, a ocorrência da bomba atômica que acabou por "abrandar" seus atos durante a II guerra, mas isso é algo que não podemos mais simplesmente aceitar.