Há aquele velho ditado: “Azar de uns, sorte de outros”. Naquele temporal você pode ser a pessoa a ganhar dinheiro com a venda de guarda-chuva. Essa história segue mais ou menos essa linha só com um toque de ‘gravidade’.

A Indonésia, que é a nação mais atingida pela gripe das aves, portanto, a mais interessada em achar uma vacina para a doença se impôs em uma reunião da Organização Mundial de Saúde na semana passada. Desde meados do ano corrente o país vem retendo as amostras de vírus da gripe aviária, pois, como aconteceu anteriormente, as amostras eram mandadas para fora e não retornavam para eles próprios fazerem suas pesquisas, independente da OMS. Agora a Ministra da Saúde, Siti Fadillah Supari, quer impedir que tal situação venha a se repetir.

O país só aceitará fazer a tal troca desde que os resultados dessa pesquisa e uma eventual vacina seja compartilhada com os países pobres que, não raro, são os mais afetados com a doença. Segunda a Ministra isso é algo que o país não abre mão, em suas palavras: “Não mandaremos amostras para o estrangeiro sem um acordo de transferência de material”. A Indonésia quer um acordo onde fique claro que o material enviado servirá apenas para fins de diagnóstico e não para nenhum ganho comercial.

Para você pode parecer simples, mas não é. Nesse exato instante já há 16 empresas tentando registrar vacinas contra o vírus H5N1 e somente uma tem um acordo com o Governo da Indonésia nesse sentido.