Podemos até dizer que Pervez Musharraf fez por onde. A Comunidade Britânica de Nações suspendeu nesta quinta-feira o Paquistão de seu ‘clube’. Isso não é novidade, pois, como dissemos aqui anteriormente, o país já foi suspenso anteriormente justamente devido ao golpe militar de Musharraf em 1999.

Isso tudo causado pelo “estado de exceção” (ou de emergência) que Musharraf estabeleceu no dia 3 de novembro e insiste que permaneça assim até que a ‘situação de normalize’. Mas diversos protestos se espalham pelo país independente se Benazir Bhutto ou outros membros da oposição consigam ou não organizar.

É claro que o Paquistão protestou dizendo que essa suspensão não leva em conta a real situação do país e citou a nomeação de um governo provisório para realizar eleições livres e imparciais que estão marcadas para 8 de janeiro de 2008.

O principal aliado do país ainda é os EUA que também pressionam pela “volta à democracia” e a liberação dos presos políticos. Alías, ontem mesmo o Ministério da Justiça anunciou a liberação de mais de 5.000 pessoas presas desde o começo do mês, em sua maioria advogados. Mas a pressão internacional é muito forte.

Outra boa notícia para a oposição é a volta do ex-premiê Nawaz Sharif, que estava exilado na Arábia Saudita. Sharif, um dos líderes do partido governista Liga Muçulmana do Paquistão (PML-Q), ainda deve ficar no país até o período das eleições.

Musharraf não gostaria de ver a volta de Sharif, mas Chaudhry Shujaat Hussain presidente do PML-Q declarou: "Estamos prontos para enfrentá-lo, e ele terá que enfrentar a população."