O último sucesso na China: 我的歌声里 (algo como "Na minha música").

Wanting Qu nasceu na China, mas mora no Canadá.

Para curtir mais do trabalho dela:
https://www.facebook.com/wantingmusic
http://www.myspace.com/wanting



A visita do presidente Barack Obama a Ásia, que culminará na reunião do G-20 em Seul, traz certa simbologia consigo. No campo interno depois de ser derrotado Obama sabe que, para ambicionar um reeleição em 2012, tem de fazer a economia do país voltar a crescer e, de fato, está se recuperando desde a crise de 2008.

No campo externo Obama quer aproveitar o momento de crescimento e uma das maneiras encontradas foi injetar US$ 600 bilhões no mercado para continuar a incentivar o consumo
interno e esse, alías, é um ponto de protesto de todos outros países do mundo pois um dólar mais forte só favorece os EUA e a China, que mantém moedas desvalorizadas.
A ida de Obama a Ásia marca então um "fim" da crise de 2008 e ele sabe muito bem onde deve investir para continuar a crescer: Ásia, o local que mais cresce no mundo e com maior potencial.

Para manter e conquistar mais espaço, tanto economicamente, quanto politicamente, Obama conta com o dinheiro de investimento americano e com a crescente antipatia e temor dos vizinhos do dragão asiático: a China.
Ao apoiar um assento permanente para a Índia no Conselho de Segurança da ONU Obama sabe o que
está fazendo, chama para o lado americano um dos grandes emergentes, que compartilha de um
sistema democrático comum, abre mais ainda seu mercado e, principalmente, contrabalancea a
crescente ambição, e, dizem alguns, arrogância chinesa naquela que, naturalmente, é a região
de influência chinesa.

E esse parece ser o recado principal do que será a reunião do G-20 em Seul e do próprio tour que Obama está fazendo na Ásia. Alías, a Ásia cresce na pauta americana, basta citar as recentes viagens de Hillary Clinto a região.

Reunião do G-20
Essa reunião coloca na mesma mesa simplesmente cerca de 90% do PIB mundial e pretende evitar uma contínua guerra cambial e sua escalada. O problema, aparentemente, é que só há uma proposta real na mesa e parte justamente dos EUA: limitar o superávit comercial em até 4% do PIB, passando disso o país teria de se esforçar para vender menos e comprar mais do resto do mundo.

A quem isso está direcionado? Claro, a China, que mantém seu modelo econômico amparado
justamente nisso. Uma clara demonstração que os EUA não está mais disposto a aceitar uma
China descompromissada e omissa com seu impacto no resto do mundo.

Por outro lado a China desconversa e culpa os próprios americanos por essa crise cambial. Os chineses sabem do seu poder e não estão dispostos a assumir sua culpa no cenário atual sob alegação que isso desaceleraria sua economia e, no final, isso seria pior para o mundo inteiro.

Um pouco mais sobre o Conselho de Segurança
Que o Conselho de Segurança da ONU precisa passar por uma reforma urgente não há dúvidas pois este parece parado no tempo e não reflete mais o cenário político e econômico atual. Os postulantes a um assento permanente são: Alemanha, mais uma representante européia, terceira economia do mundo, que seria barrada pela França e Reino Unido.

Brasil, um dos emergentes, um representante da América Latina mas com experiência de cooperação internacional colocada em dúvida devido a recentes aproximações com Irã e afins. É um dos fortes candidatos, mas pode "morrer na praia" facilmente.

Japão, uma das maiores economias do mundo, mas que seria barrado imediatamente pela China. Nesse sentido as chances japonesas são pequenas.

Índia, atrás da China, o principal emergente. Possui certas rusgas com os chineses mas, com o apoio
explícito dos EUA, pode conseguir entrar, em troca de apoio. Por fora ainda corre África do Sul, Egito e Nigéria, pois algum representante africano há de ter e suas economias vem se fortalecendo nos últimos tempos.

Breve conclusão
Com esse ataque duplo a China os EUA parece querer demonstrar que os chineses tem de se responsabilizar também no cenário internacional e, contando com o descontentamento e até medo de vizinhos asiáticos, irá fazer de tudo para limitar o poderia chinês na região.

E essa "briga", seja econômica ou política, deve realmente ajudar a definir o século em que estamos.

Nesse dia 15 relembra-se 65 anos da libertação da península coreana da dominação japonesa que durou 35 anos. Apenas 5 anos depois a península iria começar uma guerra que iria marcar a Guerra Fria e separar um país em duas ideologias diferentes, mas aí é outra história...

Bom, para quem está em Brasília vale a pena conferir essa exposição sobre a arte (norte)-coreana, a entrada é gratuita, veja mais informações abaixo!

A Embaixada da República Popular Democrática da Coréia, apresenta de 1 a 30 de agosto, na Galeria de Arte do Templo da Boa Vontade, a Exposição da Coréia do Norte.

A arte e artesanato deste país estará representada em quadros que surpreendem pela técnica utilizada e onde os motivos preferidos são as paisagens, especialmente montanhas imponentes, flores, pássaros e sobretudo tigres, além de várias peças de decoração e outros adereços, que compõem a cultura da Coréia do Norte.

Data: 1 a 30 de Agosto.
Hora: 8h às 20h.
Local: Galeria de Arte do Templo da Boa Vontade - SGAS 915.
Telefone: (61) 3245-1070.

A China é o país com maior número de internautas no mundo com 400 milhões e crescendo. E, apesar de certa censura nas redes sociais seu número de usuários me surpreendeu: 176 milhões, a maioria jovens entre 20 e 29 anos.

Isso em um mercado que não é plenamente aberto, tendo destaque para a rede local Kaixin e MOP.


Se aqui aparecem imagens cristas chorando, no Vietnã é o Buda quem aparece.

Na foto abaixo um cupinzeiro em forma do Buda
meditando, numa fazenda em Binh Duong, está sendo visitado por muito peregrinos e, por mais que a polícia esteja tentando dispersá-los, nada os tira de lá.

Cada um com sua religião.
Pode parecer meio estranho afinal aqui no Brasil esse negócio de máquinas vendendo produtos não pegou tanto. Claro que ainda tem, mas acho que foi mais forte antes.

No Japão porém é uma mania. E o mais novo produto a ser vendido nessas máquinas será a banana. A popular. Com refrigeração interna essas máquinas, da empresa Dole, venderão bananas individuais ou uma penca delas.

Interessante, não? Coisas que só os japoneses conseguem pensar.






O dia 3 de julho marca o começo do grande conflito militar da guerra fria, a chamada guerra "esquecida" e que separou um país com mais de 3.000 anos de história em dois.

Depois de terem cooperado na segunda guerra mundial os EUA e a União Soviética, também fundadores da ONU em 1945, incentivaram esse conflito ideológico como puderam, participando efeitivamente numa guerra que ainda não teve fim pois nenhum acordo de paz foi ainda assinado.

Três anos depois de seu começo a Guerra da Coréia "acabou" com 3,5 milhões de mortos e separados ideologicamente, assim como no Vietnã, mas, ao contrário deste, os coreanos não conseguiram resolver seus conflitos para uma reunificação até hoje.

Também acho interessante notar que a ONU também foi "usada" para entrar legitimar essa guerra e somente o estado afetado, a Coréia, não fazia parte desse organismo internacional e os outros participantes, EUA, União Soviética e a China (já República Popular), eram membros que, segunda carta das Nações Unidas assinadas por eles por espontânea vontade, se comprometiam a achar soluções pacíficas para eventuais conflitos.
A história da Guerra do Vietnã nós já sabemos. Preencheu a lacuna beliciosa americana nas décadas de 60, 70 e, dentre muitas armas foi usada uma química chamada de "agente laranja" que causou muito estrago, como podemos imaginar.

Muitas áreas foram afetadas, muitas pessoas continuam nascendo deformadas por conta disso e o governo vietnamita tem de investir permanentemente para aliviar esses efeitos. Para se ter uma ideia do problema: 20% das florestas do país foram destruídas por conta disso e se calcula que 4,8 milhões de vietnamitas foram expostos ao agente laranja, 400 mil morreram e 500 mil crianças nasceram com deformações graças a ele.

E segundo o governo há 3 grandes áreas mais afetadas atualmente: o aeroporto de Bien Hoa, em Ho Chi Min, e as ex-bases americanas em Phu Cat e Danang. Segundo a ONU para "limpar" essas três áreas seriam necessários US$ 59 milhões e a ajuda já começou.

Os EUA e a ONU, através do seu órgão Pnud, irão iniciar um programa de US$ 5 milhões, que é pouco na verdade, para ajudar a limpar as áreas mais afetadas pelo agente laranja. Em 2007 os EUA já haviam doado US$ 9 milhões para programas parecidos.

Agente laranja e os americanos
Se o tal agente continua afetando a vida dos vietnamitas na época foi usado para destruir as florestas que serviam como esconderijo para os locais. Mas, como saber que não afetaria americanos combatendo no solo? Simplesmente não se sabia e se jogava lá.

Por conta disso veteranos americanos processaram, em 1984, as empresas que produziam o tal agente. E ganharam US$ 93 milhões. Impressionante? Quase o dobro necessário para se limpar as áreas que continuam causando transtornos para o povo vietnamita.
Desde 1949 os países separados pelo estreito de Formosa não fazem um acordo tão grande como este: cerca de 800 produtos terão suas tarifas reduzidas para a circulação entre os dois lados.

As negociações entre Beijing e Taipei foram feitas pela Associação para as Relações através do Estreito (ARATS) e a Fundação Intercâmbios do Estreito (SEF), respectivamente.

Mas o que isso representa para as relações sino-taiuanesas?

Maior aproximação para uma futura unificação, ou um "mal necessário" para a economia da "ilha rebelde"?


A oposição do país, que tem sua força no Partido Progressista Democrático, do ex-presidente Chen Shui-bian, diz que esse acordo representa um "cavalo de tróia" de Beijing para esse processo de unificação.

Por outro lado há o governo do Kuomitang, liderado pelo atual presidente Ma Ying-Jeou que, desde que assumiu o cargo, vem fazendo políticas de aproximação, que vê no acordo um passo necessário para a sobrvivência comercial de Taiwan.

Qualquer dessas duas versões só serão validadas por ações futuras e, tanto pode representar um grande passo para uma futura unificação, quanto um passo contra ela uma vez que uma das maiores atrações para essa ação é justamente a comercial. Com um bom acordo de livre-comércio em mãos será que Taiwan aceitaria sua unificação a China?

É esperar para ver, mas o dinheiro, num primeiro momento, continua a ser algo que supera qualquer posição política, quem sabe não será a ponte para outra ação no estreito.














Um amigo tirou essa foto que comprova a genialidade chinesa: é a FeiChang Kele (numa tradução livre algo como "Muita Coca") cujo slogan é sincero: "A Coca dos chineses".

Você, estrangeiro de passagem na China, saberia distinguir a FeiChang da Coca original?

Agradecimentos ao MingLi por essa foto genial!

A política na terra do sol nascente parece estar perseguindo algum tipo de recorde: com a renúncia do PM Yukio Hatoyama (do Partido Democrata do Japão) já são quatro Primeiro-Ministros que renunciam com menos de 1 ano no poder desde 2006. Será que o Livro dos Recordes tem alguma marca parecida?

Hatoyama chegou ao cargo quebrando quase 60 anos consecutivos do rival PLD no cargo. E uma de suas promessas de campanha era: retirar as bases militares norte-americanas do país. Aparentemente nada mais justo que um estado soberano decidir internamente sobre o caso, mas não é tão simples assim. 

Hatoyama não é o primeiro PM a querer fazer isso desde 1947 quando EUA e Japão firmaram acordo para a instalação das mesmas e os japoneses renunciaram de se armar tornando-se assim dependente dos americanos na área de defesa.

Mas como mudar a constituição de seu país em um assunto tão delicado especialmente quando essas bases são fundamentais para as pretensões da nação mais bem armada do mundo? Será que os 51% da população japonesa a favor de uma mudança constitucional na área é o suficiente?Para dificultar as pretensões de Hatoyama as tensões Coréia do Sul e Norte cresceram devido ao ataque ao navio sul-coreano Cheonan (alegadamente feito pelos norte-coreanos) e a permanente tensão China-Taiwan que, a qualquer momento, pode se tornar mais séria dependendo dos políticos locais. Ou seja, retórica e justificativas para se manter a base aonde está e como está os americanos e conservadores japoneses tem de monte.

E, pior que isso, o Japão realmente não está preparado para enfrentar, por exemplo, uma Coréia do Norte nuclear se essa for a eventualidade. No máximo poderá se defender de ataques "normais" e não por muito tempo.

Essa realidade então coloca os japoneses entre duas opções na área de defesa: ou continuar com seu plano pacífico e simplesmente aceitar a política norte-americana para a Ásia ou romper com esse plano (o que não seria fácil já que os EUA não desistiriam tão facilmente) e desenvolver seus próprios métodos de defesa. O que, devido as tensões locais, teria de ser um plano muito ambicioso e caro. Não há meio termo para essa questão.

Hatoyama, com o fracasso de sua principal proposta e uma popularidade abaixo de 20%, decidiu então renunciar para não prejudicar a imagem de seu partido nas eleições para a câmara alta do Parlamento em julho desse ano. E, se ele não é o primeiro político a não cumprir o que promete, fica essa lição: não prometa algo que não lhe cabe decidir sozinho.

Enquanto isso lá na ilha de Okinawa, onde 75% dos militares americanos ainda estão locados, os moradores, que correspondem a 1% da população japonesa, continuam reclamando e vendo barbaridades acontecerem. Já os militares dos EUA continuam com direitos quase diplomáticos: qualquer crime que cometam por lá não será julgado localmente e sim conforme as leis americanas.

Cada um pode tirar mais claramente suas conclusões sobre o futuro das bases norte-americanas no Japão agora e se até os próximos PMs do país irão falar sobre o assunto.

* Matéria do site Software Livre. Será que vai vingar essa parceria Brasil-Japão? É só clicar no post para ir direto ao site.
* Outro evento interessante, irá acontecer na Paraíba.

O Programa de Mestrado em Relações Internacionais da Universidade Estadual da Paraíba e o Grupo de Estudos Ásia-Pacífico da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) promoverão o “Seminário Internacional Japão e América Latina: economia, estratégia e política externa”. O evento acontecerá em João Pessoa (PB), nos dias 07 e 08 de junho, com o objetivo de avaliar as possibilidades de ampliação das relações entre o Japão e a América Latina, de forma a poder contribuir para a definição de estratégias comerciais, empresariais e governamentais.

O Seminário está sendo coordenado pelo professor visitante na UEPB, Enrique Altemani e tem o apoio logístico da Pró-reitoria de Pós-graduação e Pesquisa (PRPGP) da Instituição. Sediada no Auditório Manaíra do Hotel Village, a iniciativa faz parte das atividades do Projeto Integrado de Pesquisa “Parcerias Estratégicas do Brasil: a Construção do Conceito e as Experiências em Curso”, financiado pelo Conselho Nacional do Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

O evento contará com a presença de pesquisadores brasileiros e latino-americanos e convidados externos membros do Comitê Diretivo da REDEALAP (Red de Estudios de América Latina y el Caribe sobre Asia del Pacífico).

A ficha de inscrição, programação e outras informações pertinentes já estão disponíveis no site do Curso de Relações Internacionais, no endereço eletrônico: http://ri.ccbsa.uepb.edu.br.

Que interessante, a série policial da Rede Globo Força-Tarefa, com Murílio Benício no papel principal, está indo pra Coréia do Sul!

A série deu uma audiência de 21 pontos na sua temporada de estréia aqui no Brasil e será transmitido pelo canal a cabo EPG por lá. Está atualmente na 2ª temporada e conta estórias meio "americanizadas" sobre policiais que tem de investigar seus próprios colegas por "desvios de conduta".

Há pouco tempo coloquei aqui também a notícia sobre novelas brasileiros indo pro Vietnã. Legal mostrar produções brasileiras por lá, mas também seria interessante ver o outro caminho acontecer também.